sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O sorriso dos derrotados

Sabe quando você fica no auge da felicidade?  Quando tudo fica tão bom pra você que só consegue se expressar por sorrisos, sorrisos que não se desfazem, ficam marcados no seu rosto como uma tatuagem?
É nessa hora que o peso na consciência me bate, e você tenta se concentrar em qualquer outra coisa, e sua consciência insiste em gritar em seus ouvidos “CULPADO”
O meu peso foi estar feliz. Estar feliz com um mundo tão perfeito tão cheio de beleza,  uma realidade que não precisamos lutar pra conquistar. Mas que as pessoas lutam para destruir, e para que? Por egoísmo, individualismo! E é horrível você se dar conta que faz parte dessas pessoas.
Admiramos tanto o mundo e ao mesmo tempo em que o destruímos.
Sinto tanta raiva por algumas pessoas, mas esse ódio todo que tenho no fundo é por mim mesmo, faço parte da geração da destruição. A destruição do nosso berço, de tudo que nos deu segurança, nos deu água, comida. Todo esse ódio é por tentar mudar e saber que não consigo mudar, não há mais tempo. Talvez nem para nossos filhos, netos. Não há mais tempo pro que passou! É ridículo fingir que está tudo bem.
 Eu me referi ao planeta, mas não quero passar só essa idéia, isso tudo, tudo que somos, somos com tudo e todos. Somos destruidores.
Não paramos pra pensar em tudo que está acontecendo, nos privamos demais aos “nossos” sofrimentos. Isso não é egoísmo? Saber que tudo está por um fio, e sorrir como se tudo estivesse bem? Somos os criadores de todas as ilusões por qual passamos.
 Na verdade somos apenas crianças querendo brincar. Quem daqui não daria tudo por sua inocência de volta? Viver em algum lugar que por enquanto só há em contos de fadas?
Queremos nossa inocência, queremos motivos bons para sorrir sem parar, motivos bons para rir, não quero estar sobre efeitos de drogas pra tudo isso. Não quero precisar de drogas pra viver em mundo bom, para viver em um paralelo em que tudo é bom. Quero isso aqui mesmo, quero isso para todo mundo. Queremos isso! 

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